Francisco Dantas

A coleta e aproveitamento do condensado liberado na desumidificação pelas unidades de tratamento de ar dos processos de climatização são providências inquestionáveis sob os aspectos de sustentabilidade e de responsabilidade socioambiental.

A adoção do conceito de desacoplamento entre cargas de resfriamento e desumidificação, majora as vantagens em razão da centralização da coleta, o que reduz custos de implementação do processo.

Nada mais lógico; para obter-se o conforto higrotérmico é necessário reduzir-se a relação de umidade (g/kg) gramas de vapor d’água por kg de ar seco. Em clima quente e úmido, como ocorre na zona climática nº 8 do Zoneamento Climático Brasileiro, a vazão mássica de vapor d’água condensado equivale a cerca de 25% da vazão mássica de água necessária para reposição nas torres de resfriamento de água, responsáveis, que são, pelo arrefecimento do gás refrigerante utilizado nos sistemas de refrigeração por compressão mecânica.

Nas torres de resfriamento ocorre o processo recíproco, para obter-se capacidade de arrefecimento, evapora-se água. O vapor d’água condensado passa, então, por uma transformação exotérmica, cedendo calor ao sistema frigorífico, enquanto que a água resultante da condensação do vapor, ao evaporar-se nas torres de resfriamento, passa por uma transformação endotérmica, absorvendo calor e resfriando a restante massa de água não evaporada.

Francisco Dantas, diretor da Interplan Planejamento Técnico Integrado

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