Sistemas de Ar-Condicionado perdem eficiência e eficácia quanto às condições de conforto térmico, qualidade do ar e consumo energético ao longo do tempo. Todo sistema de AVAC, por melhor que seja o projeto, a instalação e os componentes adotados, apresenta ciclo de vida limitado. Diversos fatores podem contribuir para ampliar ou reduzir esse tempo.

Os Guidelines SMACNA abordam medidas que devem ser adotadas para preservar a performance dos sistemas e aumentar sua vida útil. O objetivo é que as curvas de eficiência se mantenham o mais próximas possíveis do momento do start-up das instalações.  Para isso, é importante as boas práticas de engenharia, envolvimento de profissionais especializados e o atendimento às normas e diretrizes vigentes em todas as etapas, desde o projeto, instalação, manutenção e operação. A seguir, algumas das ações recomendas:

  • Elaboração de projeto por profissional ou empresa devidamente capacitados;
  • Seleção de equipamentos e componentes de boa qualidade, considerando o custo-benefício possível para cada caso;
  • A instalação deve ser feita por empresa capacitada e com know-how adequado;
  • O comissionamento e balanceamento adequado do sistema no momento do start-up da instalação é fundamental para a boa performance;
  • Prever nas etapas de projeto e instalação espaços e possibilidades para manutenção adequada dos sistemas;
  • Estabelecer um contrato de manutenção preventiva e corretiva com empresa mantenedora de referência e especializada;
  • Treinamento adequado das equipes de operação do sistema.

Apesar das ações acima relacionadas serem capazes de preservar boa performance dos sistemas por maior prazo, conforme citado inicialmente, o ciclo de vida deles é finito e é importante ter parceiros ou equipes especializadas atentos para que os sistemas não se deteriorem a ponto de, por exemplo, causar desconforto térmico aos usuários, prejudicar o controle de temperatura e umidade dos ambientes ou até mesmo interferir na qualidade do ar interior.

É comum no dia a dia das edificações que, frente ao desgaste das instalações, equipes não especializadas adotem soluções inadequadas para problemas relacionados, por exemplo, frente ao baixo rendimento de um sistema de climatização, fecham-se as tomadas de ar externo para melhorar o conforto térmico dos ocupantes, sem considerar que ao adotar essas medidas, a qualidade do ar interno fica prejudicada.

Assim, o ciclo de vida é variável em função das ações e decisões tomadas desde as etapas de projeto, instalação, manutenção e operação. Apesar de ser finito, as soluções adequadas ampliam a vida útil e consequentemente reduzem os custos de manutenções corretivas e até mesmo, por vezes, a necessidade de substituição total dos sistemas.

Quando os sistemas apresentam falhas ou se tornam ineficazes, o ideal é conduzir um retrocomissionamento para identificar oportunidades de melhorias e adequações, objetivando a performance adequada, em conformidade com as normas e diretrizes e atendendo às necessidades das operações.

Por fim, vale lembrar que o ciclo de vida do sistema de AVAC pode ser limitado pelo próprio ciclo de vida do cliente. Em algumas ocasiões, o tempo de uso pelo cliente pode ser menor do que o tempo de vida do equipamento. Por esse motivo, recomenda-se sempre o diálogo aberto com o cliente, buscando entender suas expectativas, mas nunca deixando de lado as boas práticas e atendimento às normativas vigentes.

Em todas as etapas apresentadas, a parceria com empresas e profissionais de referência trazem maior segurança e assertividade para as ações relacionadas, o que resulta em melhor desempenho dos sistemas e evita os desperdícios de recursos financeiros.

Comitê de Artigos Técnicos SMACNA Brasil

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