O que é ruim sempre pode piorar. Se o alto custo da energia, cujos crescentes sinais de escassez já apontavam para cima, agora tende a explodir. A invasão da Ucrânia pela Rússia e a insistência dos EUA, através da Otan, em asfixiar o provável bloco China-Rússia, aprofunda a instabilidade mundial e faz estourar os preços numa economia já cambaleante.

Obviamente o setor de AVAC-R sente diretamente o golpe. Particularmente a refrigeração comercial se verá diante da obrigação de apurar seus sistemas de acompanhamento e gestão. E, ao lado de projetos mais elaborados, buscar equipamentos mais eficientes.

“A grande relevância dos custos de energia em instalações que utilizam refrigeração torna essencial seu acompanhamento e gestão. A saída é nos equiparmos para isso, iniciando por bons projetos, decisões de investimento adequadas e acompanhamento efetivo do consumo no dia a dia”, recomenda Luiz Villaca, da RAC Brasil.

Fernando Vanzetta, Diretor da Brahex, por usa vez, defende algumas outras medidas. “Fora a utilização de fontes de energias renováveis como placas solares, na parte de controle, pode-se usar ventiladores EC que reduz o consumo quando a carga diminui.”

Coração dos sistemas de refrigeração, os compressores ganham importância capital para a eficiência das instalações. Entretanto, não existe receita única. “Tipos diferentes de compressores possuem características construtivas específicas que os tornam mais ou menos adequados a certas aplicações. A capacidade de entregar o mesmo frio, com maior eficiência energética, para determinada aplicação, é uma dessas dimensões de adequação. Isso, é claro, depende da aplicação. Um compressor duplo-estágio, por exemplo, pode ser substancialmente mais econômico do que um compressor simples-estágio em aplicações que exigem temperaturas abaixo de -30 oC”, explica Villaca.

Se os compressores são o coração dos sistemas, não se pode menosprezar outros órgãos tão vitais quanto. Nesse sentido, qualquer projeto que vise baixo consumo energético deve contemplar os trocadores de calor, sempre especificados de acordo com as características exigidas. “Nossos trocadores de calor de microcanais além de reduzirem a carga de gás refrigerante, possibilitando o uso do propano, ainda reduzem a perda de carga no ventilador, trazendo redução no consumo energético do mesmo”, defende Vanzetta.

Muitas vezes negligenciados, os isolantes são fundamentais para a eficiência energética dos sistemas. Segundo André Dickert, da Armacell, esses materiais são componentes que contribuem significativamente para a redução nos custos de energia e eficiência dos sistemas de refrigeração. “ Os isolantes térmicos AF/Armaflex® BR, devido à sua baixa condutividade térmica, contribuem com a economia de energia e aumentam a eficiência operacional do sistema, através da redução nos ganhos ou perdas de calor, auxiliando na conservação de energia pela manutenção da temperatura operacional da instalação dentro do valor predeterminado em projeto e, consequentemente, evitando que os demais componentes do sistema não sejam exigidos acima de seus limites, com o comprometimento de suas vidas úteis, para manter a instalação operante.”

O técnico da Armacell adiciona algumas outras vantagens aos materiais. “Além disso, são materiais flexíveis, o que facilita o seu manuseio e instalação e, também, têm estrutura celular fechada, que proporciona uma efetiva barreira de vapor, incorporada ao longo de toda a sua espessura, o que lhes confere um alto fator de resistência à difusão do vapor de água (m), muito acima do mínimo definido pela Ashrae como retardantes ao vapor, Classe I ou barreiras de vapor (“m” ≥ 1.300), dispensando, dessa forma, toda e qualquer cobertura adicional como barreira de vapor.”

“Devido ao seu alto fator de resistência à difusão do vapor de água (m), não agregam altos índices de umidade com o passar do tempo e, com isso, além de minimizarem os riscos da corrosão sob o isolamento (CSI), colaboram, principalmente, para a boa Qualidade do Ar Interno (QAI), pois não contribuem para o desenvolvimento de colônias de fungos e bactérias, aliado ao fato de não liberarem quaisquer tipos de fibras, partículas ou substâncias que possam causar riscos à saúde humana e/ou contribuir para a contaminação do local e de processos, sendo, portanto, ideais para aplicações em ambientes internos onde tais características são exigidas, como indústrias alimentícias, farmacêuticas, de embalagens, ambientes hospitalares, salas limpas, entre outras”, conclui Dickert.

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