Ao trabalhar com temperaturas de condensação mais baixas, o equipamento terá menor consumo energético

Embora os sistemas VRF com condensação a água possam mostrar-se mais eficientes, é necessário estar atento à especificação dos equipamentos encarregados por fazer a condensação. Em primeiro lugar, cabe uma explicação entre os dois métodos de condensação.

“Todo sistema com condensação a água consegue trabalhar com temperaturas de condensação muito mais baixas quando comparados com sistemas de condensação a ar. Isto porque as torres de resfriamento, sejam abertas ou de circuito fechado, trabalham em função da temperatura de bulbo úmido local, enquanto sistemas com condensação a ar utilizam a temperatura de bulbo seco para dimensionamento. Ao trabalhar com temperaturas de condensação mais baixas, o compressor (chiller ou VRF) terá um consumo elétrico menor, facilmente visualizado pelo diagrama PxH de cada fluido refrigerante”, explica Bruno Gomes Bonaldi, Gerente Comercial da Evapco.

Mas, qual o equipamento mais indicado? “A possibilidade de utilização de resfriadores de circuito fechado, como torres de circuito fechado e dry coolers, oferece vantagens incontestáveis quando comparados às torres de resfriamento convencionais de circuito aberto. Todos sabemos que o condensador é um componente do sistema que exige um plano de manutenção adequado para garantir performance e economia de energia. O fato do circuito ser fechado elimina praticamente a necessidade da abertura do condensador para limpeza periódica dos tubos, que sabemos ser sempre um problema. Outra vantagem é a liberdade no posicionamento do equipamento, eliminando a necessidade de posicionar os condensadores a ar que sempre produzem mais ruído. As torres de circuito fechado permitem a utilização de água de reuso ou da chuva no circuito externo, consomem aproximadamente 25% a menos de água por evaporação quando comparadas às torres convencionais (não é apenas evaporativa, há também troca de calor sensível) e ótima eficiência energética”, explica Hamilton Lista, Diretor da Körper.

Bonaldi explica que para sistemas VRF com condensação água, o equipamento mais indicado para resfriamento da água de condensação é a torre de resfriamento de circuito fechado, uma vez que a água de condensação não tem contato com o ar exterior percorrendo um circuito totalmente hermético, eliminando problemas por incrustações internas à tubulação e trocadores de calor, e garantindo a eficiência projetada e vida útil da instalação.

“Para garantir a eficiência do sistema, o ideal é a especificação de torres circuito fechado para eliminar sujidades na água de recirculação, que não tem contato com o ar exterior neste tipo de equipamento, garantindo a eficiência do sistema e vida útil da instalação. Porém, é extremamente importante a garantia de performance da torre de resfriamento, que deve possuir certificação de performance pelo CTI (Cooling Technology Insititute) conforme STD 201, ou, caso não possua tal certificação, que sejam realizados testes de performance em campo sob responsabilidade do cliente final por empresa especializada conforme norma CTI ATC-105”, continua Bonaldi.

O Gerente da Evapco explica, ainda, que independente do sistema com condensação a água, VRF ou água gelada, ao se utilizar uma torre circuito fechado a manutenção do sistema é muito reduzida, uma vez que a água de condensação circula num sistema 100% hermético sem contato com o ar exterior mantendo o sistema sempre limpo e sem incrustações. “Ao se utilizar uma torre convencional circuito aberto, o cliente deverá fazer a limpeza das tubulações, bombas de água e trocadores de calor de tempo em tempo, agravado em alguns sistemas VRF que utilizam trocadores de calor brasados, que por não serem possíveis de desmontar para fazer a limpeza, corre-se o risco de perdê-los em curto espaço de tempo ao se utilizar torres convencionais, problema inexistente ao se utilizar torres circuito fechado.”

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