A preocupação mundial com as mudanças no clima aumentou conforme  as evidências científicas se tornaram mais definitivas, especialmente relacionando o aumento das concentrações de gases de efeito estufa atmosféricos (GEEs) com o aquecimento global. A métrica internacional adotada para quantificar diferentes tipos de GEEs e seus diferentes potenciais de aquecimento é o “equivalente de dióxido de carbono”, ou a chamada “pegada de carbono”.

Edifícios construídos ou durante a construção representam cerca de 40% das emissões globais de CO2, especialmente pelo alto consumo de energia. Em uma edificação com sistema de climatização operante, o ar condicionado representa em média de 40% a 80% da demanda energética.

As reduções de emissões de carbono visadas incluem não apenas aquelas diretamente resultantes da operação de edifícios, mas também nos materiais utilizados em edifícios e os gerados pelo próprio processo de construção das edificações, ou seja, um olhar 360 graus para cada caso, devendo considerar o projeto, construção / retrofit e operação das edificações, sendo alguns exemplos:

  • Reduzir as emissões de carbono nas operações;
  • Reduzir a demanda de energia, preservando a qualidade e funcionalidade dos ambientes internos;
  • Adotar fontes de energia renovável;
  • Reduzir as emissões de carbono durante a construção das edificações; e
  • Reduzir o carbono incorporado nos materiais estruturais, do envelope e dos sistemas dos edifícios.

Diversas oportunidades interessantes têm surgido também para o setor de HVAC, por exemplo:

  • Fluídos refrigerantes com baixo GEEs e ODPs;
  • Parâmetros de automação e set points dos sistemas mais inteligentes;
  • Adoção de válvulas eletrônicas;
  • Sistemas de bombeamentos mais eficientes;
  • Instalação de variadores de frequência;
  • Equipamentos mais eficientes e que consomem menos energia.

Muitas transformações têm ocorrido e devem ocorrer ainda maiores nos próximos anos. Internacionalmete, especialmente nos Estados Unidos e países europeus, diversas Normas e diretrizes têm sido desenvolvidas, o que faz com empresas multinacionais já estejam se adequando para alcançar melhores padrões em sustentabilidade.

Como resultado da descarbonização, espera-se uma melhora para o meio ambiente e qualidade de vida, impactos positivos na economia, redução nos gastos com energia e maior eficiência energética, sendo um resultado a ser alcançado por toda a cadeia da construção civil e projetos e instalações complementares atuando com qualidade.

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