A sensação de bem-estar é ampliada quando a qualidade de ar dos ambientes está em conformidade

Quando se fala em climatização de conforto, de maneira geral refere-se ao conforto térmico dos ocupantes, termo este amplamente utilizado pelo setor de AVAC e já introduzido no vocabulário de gestores e operadores de facilites, seja em indústrias, ambientes corporativos e comerciais e, até mesmo, entre clientes residenciais. Apesar do termo ter se tornado “comum”, entender o que é conforto térmico não é tão simples assim.

Conforto térmico é definido pela Ashrae como “um estado de espírito que reflete satisfação com o ambiente térmico que envolve a pessoa”. Assim, conforto térmico é um conceito subjetivo, isto é, depende da relação entre o indivíduo e o espaço climatizado. Um ambiente que propicia conforto térmico para uns, pode causar desconforto (frio ou calor) a outros.

É importante entender que o conforto térmico dos ocupantes se dá a partir da relação de diversos fatores dentro de um ambiente, sendo os de maior influência:

– Temperatura do ar;
– Velocidade do ar;
– Umidade;
– Comportamento dos gradientes de temperatura dentro da zona ocupada;
– Ruídos;
– Incidência de raios solares;
– Concentração de oxigênio e dióxido de carbono;
– Homogeneidade da distribuição de ar no espaço;
– Atividades desenvolvidas pelos ocupantes;
– Equipamentos que geram calor instalados; e
– Vestimentas utilizadas pelos ocupantes.

Alguns conceitos têm ampliado a conscientização quanto ao conforto térmico dos ocupantes, com destaques para:

  1. a) Evitar situações de frio excessivo, com controle do setpoint em temperaturas mais amenas, inclusive visando atender a parâmetros de sustentabilidade e eficiência energética; os parâmetros aplicados de temperatura devem estar em conformidade com as temperaturas de uma faixa pré-determinada, considerando o uso consciente do ar-condicionado, com temperaturas agradáveis, e evitando que os fluxos de ar estejam sobre os ocupantes para não causar desconforto térmico. Existem diversos índices de conforto térmico nas principais normas do setor, e em geral estes estão baseados na percepção que os usuários têm dos espaços que ocupam.
  2. b) Considerar o “fator psicológico” no conforto térmico dos ocupantes; quanto maior a possibilidade de controle das variáveis pelos usuários nos espaços (incluindo aumento ou diminuição de temperatura de climatização, abertura de janelas, possibilidade de usar roupas mais leves etc.), maior a sensação positiva quanto ao conforto térmico, mesmo que o espaço ocupado seja menos climatizado, ventilado ou aquecido do que outros ambientes em que os usuários dispõem de menos possibilidades de controle.
  3. c) Atentar para a qualidade do ar dos ambientes climatizados; a sensação de bem-estar é ampliada quando a qualidade de ar dos ambientes está em conformidade. São diversos estudos que indicam essa relação, inclusive com implicações na saúde, no desenvolvimento cognitivo e no rendimento dos ocupantes dos espaços climatizados. São diversos estudos que indicam essa relação, inclusive com implicações na saúde, no sono, no desenvolvimento cognitivo e no rendimento dos ocupantes dos espaços climatizados.

Comitê de artigos técnicos Smacna

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