Na pandemia, as tecnologias ativas se mostraram muito eficazes na inativação de patógenos sem causar aumentos do consumo de energia

O fim da pandemia da covid-19 não diminuiu a importância das tecnologias direcionadas à qualidade do ar interno. Empresas com maior preocupação com a saúde e bem-estardos seus colaboradores continuarama tomar medidas para mitigar riscos, e não poucas mantiveramos investimentos focados na qualidade interna do ar para seus colaboradores.Ocorreu, também, um grande movimento no segmento de edifícios AAA em busca de certificações de saúde e bem-estar, como Well, Well Health-Safety Rating, FitWell, entre outras.

Nessa busca por prédios mais saudáveis, baseados na Certificação Well, as tecnologias ativas têm uma contribuição bem importante nos créditos na categoria ar, que são:

-Pré-Condição A 01 – Qualidade do Ar;

-Pré-Condição A 04 – Gerenciamento da Poluição nas Atividades de Construção;

-Otimização A 05 – Aprimoramento da Qualidade do Ar;

-Otimização A 12- Filtragem de Ar;

-Otimização A 13 – Suprimento de Ar Aprimorado; e

-Otimização A 14 – Controle de Micróbios e Mofo (aqui incluímos a tecnologia de IUVG).

Na pandemia, as tecnologias ativas se mostraram muito eficazes na inativação de patógenos sem causar aumentos do consumo de energia. A descarbonização é o grande desafio do nosso setor. Aliás, a respeito do assunto,escrevi um artigo falando da necessidade de aumentarmos a eficiência energética das edificações, mantendo ou melhorando a qualidade interna do ar, no qual mostro que “tecnologias ativas, como oActivePure, têm se mostrado uma solução muito eficaz e segura para aumento da qualidade interna do ar (aumento da Biossegurança) sem comprometer a necessidade atual do mundo de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)”1.

Para os leigos, a maior lição da pandemia foi compreender o perigoda transmissão aérea de doenças.As pessoas começaram a entender o grande risco que passamos em locais que não estão preparados para garantir uma boa qualidade do ar interno.

Meu sonho é ver os edifícios corporativos no Brasil monitorando a qualidade interna do ar e protegendo os seuscolaboradores, que são o maior patrimônio de qualquer organização.

Neste sentido, deixo algumas orientações para a implementação de um sistema de monitoramento da qualidade do ar interno (QAI):
Onde implantar os monitores?

Assim como colocar câmeras de segurança estrategicamente, implantar monitores QAI requer uma consideração cuidadosa do layout e dos padrões de ocupação do edifício. Priorize áreas onde as pessoas passam a maior parte do tempo e considere colocar monitores perto de possíveis fontes de poluição ou espaços mal ventilados.
Quais parâmetros do QAI deseja-se monitorar?

Os parâmetros comuns incluem PM2.5, CO2 e TVOC. Escolha os parâmetros que se alinham com suas preocupações e os requisitos de certificação que você pretende alcançar.

A frequência da coleta de dados desempenha um papel crucial na compreensão da dinâmica do seu QAI.

Certifique-se de que os monitores escolhidos cumpram os intervalos de saída de dados especificados pelo programa de certificação, como uma hora para WELL.
Como serão armazenados e analisados os dados coletados pelos monitores? Considere o uso de uma plataforma baseada em nuvem que forneça insights e alertas em tempo real. Isso permitirá a identificação e resolução rápida dos problemas de QAI.
Os monitores podem ser integrados ao sistema de gestão predial existente?

Isso pode ajudarna automatizaçãodas respostas a problemas de QAI, como ajustar as taxas de ventilação ou desligar o equipamento.

A calibração regular garante que os monitores de QAI permaneçam precisos e confiáveis.

Escolha um monitor que seja fácil de calibrar. Alguns monitores exigem que seja removida toda a unidade para enviá-la de volta ao fabricante para calibração. Outros têm um sistema modular quepermitea simplessubstituiçãodos sensores que precisam ser calibrados.

Ao considerar cuidadosamente esses fatores, é possível começar a desenvolver um plano para implementar um sistema de monitoramento da QAI.

Manoel Gameiro é diretor comercial da Ecoquest

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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