O capitalismo industrial teve sua origem na Inglaterra, após a Revolução Industrial. Os britânicos apresentaram a possibilidade de um novo mundo, no que se refere, especialmente, à economia, à produção e ao trabalho.   

O trabalho passou a ser o sentido da vida. Mudou para melhor ou pior? Possivelmente, saberemos nas próximas décadas, já que, o capitalismo industrial está sempre se reinventando. Atualmente ele passa por um processo que já o distingue de sua forma clássica, denominado pelos estudiosos como Neocapitalismo.  

Basta um olhar sistemático que se perceberá que o capitalismo ocidental está mais para especulativo, por exemplo, pelas Bolsas de Valores, do que pela produção.   

É notável ainda que, o Neocapitalismo da Ásia, especialmente da China, com uma economia pautada na produtividade. Ou seja, a China torna-se cada vez mais produtiva e o Ocidente cada vez mais especulativo. Com seu sistema complexo, um híbrido de planificação social e teoria Keynesiana, o Estado chinês é quem dá a última palavra e não o mercado.  

O avanço tecnológico, em busca da substituição do homem pelas máquinas inteligentes, está sucumbindo até teoria da Mais-valia que em décadas futuras, será só história.   

As empresas de plataforma na internet já usam drones. Outra categoria que sofrerá um impacto expressivo são os motoristas profissionais, com o desenvolvimento dos carros autônomos, um mundo dominado pela lógica dos algoritmos.   

Como sobreviverá a indústria sem os trabalhadores humanos para consumir sua produção?  Quem fará girar a economia de produção? São interrogantes que necessitam ser respondidas, urgentemente.    

Não se conhece uma política nesse sentido e tampouco um debate profundo da classe empresarial produtiva. Na verdade, o trabalhador e o empresário produtivo estão no mesmo barco. O primeiro é quem sofre imediatamente o impacto dessas mudanças, com o desemprego, e o empresário produtivo sem a demanda  

Sem humanos, com dinheiro no bolso, não há consumo e sem consumo não  produção industrial em grande escala. 

 Fábio A. Fadel 
Fadel Sociedade de Advogados 
fadel@ffadel.com.br 

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