Usar fitas plásticas brancas, duas linhas de tubulação em um mesmo isolamento e estrangulamento com os famosos ‘enforca gatos’ é errado e prejudica o sistema

 Para que os sistemas do tipo split tenham um desempenho dentro dos melhores preceitos de eficiência e economia energética é primordial que sejam muito bem instalados. Para tal, o instalador deve ser um profissional capacitado que priorize a qualidade dentro das boas práticas de instalação.

O instalador deve ter consciência que o isolamento térmico exerce papel fundamental, pois é responsável pelo bom funcionamento de toda a instalação, evitando a sobrecarga dos demais componentes na manutenção e controle das temperaturas desejadas. Dessa forma, o instalador deve utilizar materiais isolantes térmicos adequados e de qualidade.

Neste caso, os tubos em espuma de polietileno de baixa densidade expandido Polipex Plus UV e Polipex Inverter, são materiais isolantes térmicos que podem ser utilizados em quaisquer instalações do tipo split e split com tecnologia inverter, respectivamente. Possuem incorporados revestimento com proteção contra radiação ultravioleta (UV), que permite sua instalação em ambientes externos sem necessidade de qualquer tipo de cobertura adicional.

Contudo, a eficiência de um isolamento térmico não está apenas em suas características técnicas, mas, principalmente, em sua correta aplicação de acordo com os procedimentos recomendados e na utilização de materiais complementares compatíveis com os isolantes térmicos. Para a Armacell, a divulgação de boas práticas para os instaladores é fundamental, razão pela qual disponibiliza manuais de instalação, boletins técnicos e, principalmente, promove treinamentos que abrangem conceitos teóricos e práticos.

Boas práticas

Os materiais de isolamento térmico devem ser resistentes à radiação UV, com revestimento externo ou aditivo incorporado à sua formulação. Envolver os tubos isolantes com algum tipo de fita plástica branca comum é um procedimento errado, pois, além de não promover a proteção requerida contra os raios UV, encobre outros problemas graves como juntas sem qualquer adesivagem e linhas distintas posicionadas comprimidas, juntamente com o cabeamento elétrico e envolvidas como se fosse uma só, provocando deformação nos pontos de contato e pontes térmicas sujeitas a condensação.

Toda e qualquer linha deve ser isolada individualmente. Isolar duas ou mais linhas com um único tubo isolante, principalmente quando possuem temperaturas distintas, muitas vezes junto com o cabeamento elétrico, são procedimentos totalmente incorretos que comprometem a eficiência do sistema de isolamento térmico e sobrecarregam os demais componentes da instalação, contribuindo para o seu desgaste prematuro, elevando o consumo energético e comprometendo o seu desempenho.

Deve-se ter atenção especial com a estanqueidade do sistema de isolamento térmico. As juntas e extremidades da linha, por exemplo, são os pontos mais vulneráveis, sujeitos a pontes térmicas, a ação da difusão do vapor de água do ar ambiente e penetração de umidade, portanto, para garantir a estanqueidade do sistema, todas as juntas deverão ser adequadamente coladas e seladas com os adesivos especiais da Armaflex. Todas as extremidades da linha e dos segmentos de tubos isolantes devem igualmente ser coladas à superfície da tubulação.

O uso de fitas autoadesivas delgadas ou de abraçadeiras plásticas, de travamento automático, afixadas tão fortemente que estrangulam os tubos isolantes, são procedimentos totalmente incorretos, ineficazes e desnecessários. Tais práticas, além de ocasionarem uma redução localizada na espessura dos tubos isolantes, não proporcionam qualquer tipo de selagem, quer seja junto às extremidades da linha como de suas juntas transversais e/ou longitudinais, que permanecem literalmente abertas, deixando exposta a tubulação e comprometendo integralmente o desempenho do isolamento térmico, que deixa de exercer as suas funções de promover uma resistência ao fluxo de calor e estancar o sistema contra a migração de vapor de água do ar ambiente.

Isso resulta em pontes térmicas que causam variações significativas nas temperaturas operacionais, sobrecarregando os demais componentes da instalação, elevando os gastos energéticos, reduzindo a sua eficiência e vida útil, além de permitir a presença constante de umidade, gerada em virtude da condensação junto a essas aberturas e pontos de estrangulamento e sob o isolamento, contribuindo para a corrosão do isolamento e demais componentes metálicos da instalação além da contaminação do ambiente, com o desenvolvimento de fungos e bactérias.

André Dickert, Sales Technical Support Engineer da Armacell South America

 

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