O maior encontro de negócios do setor de Facility Management brasileiro, que teve início no dia 9, no São Paulo Expo, na capital paulista, aconteceu simultaneamente à Higiexpo 2022 (27ª Feira de Produtos para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental), realizada pela Abralimp – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional e Conservação Ambiental). Um dos painéis foi o de “Gestão da Qualidade do Ar Interno” na quinta-feira, 11, com a participação de Gonzalo Vecina, ex-diretor da Anvisa e ex-secretário municipal de saúde de São Paulo e de Leonardo Cozac, CEO da Conforlab Engenharia Ambiental e Presidente do PNQAI (Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno). A mediação ficou a cargo de Arnaldo Basile, presidente executivo da Abrava.
Vecina lembrou que o país ainda passa pela pandemia de Covid-19, embora a população esteja imunizada. “A mensagem mais importante, principalmente nesses tempos em que nós estamos vivendo uma pandemia com vírus de transmissão respiratória, é sobre a importância da qualidade do ar, que é uma coisa invisível e que nós não percebemos, mas depende muito da nossa capacidade de manter esse ar limpo, particularmente neste momento em que a maioria dos ambientes fechados são climatizados”, alertou.
“O Plano de Gestão de Qualidade de Área Interna envolve diversos setores dentro do ambiente (alvo do planejamento), como higienização, limpeza, ar-condicionado, controle de pragas, reformas, arquiteturas, uma série de medidas que precisam de atenção para garantir uma boa qualidade do ar, para as pessoas esperarem um ar saudável”, explicou Leonardo Cozac no painel. “Sem dúvida a pandemia aumentou o alerta sobre contaminante do ar, que faz mal à saúde das pessoas, mas a gente ainda está longe do ideal, há um bom caminho para percorrer. As pessoas ainda não se preocupam com o ar que respiram no dia a dia”, analisou.
O mediador Arnaldo Basile defendeu que após ter passado o período mais grave da crise sanitária, é possível hoje equilibrar o foco entre o cuidado com a saúde e investimentos em um melhor uso da energia necessária para funcionar aparelhos como o ar-condicionado. “A questão da eficiência energética sempre foi uma preocupação dos profissionais que militam na área de tecnologia. Sempre se procurou utilizar os equipamentos mais eficientes, as técnicas, as formas de operar e desenvolver os serviços de maneira que se consumisse menos energia. Durante a pandemia, deu-se total prioridade para a saúde”, lembrou Basile.