A Catedral Metropolitana de Cascavel – Nossa Senhora Aparecida, foi construída entre 1974 e 1976. Projeto assinado pelo arquiteto Gustavo Gama Monteiro tem, como característica principal, o telhado de laje plissada. Seus 18 gomos de concreto armado apoiam-se sobre 18 colunas, formando uma estrutura com amplo vão livre. O desenho é inspirado no manto e na coroa de Nossa Senhora Aparecida.

Essa mesma característica do projeto, que lembra aqueles assinados por Oscar Niemeyer, como a Catedral de Brasília ou a Igreja São Francisco de Assis da Pampulha, Belo Horizonte, foi, também, o grande desafio para os engenheiros à frente do projeto de climatização do templo. O telhado em laje plissada, se garante um surpreendente vão livre e agradável sensação de amplitude, não suporta nenhuma outra estrutura. Assim, os dutos aéreos para a climatização do ambiente foram compulsoriamente descartados.

Foi quando entrou a engenharia de desenvolvimento de produtos da Trox, comandada por Jorge Zato, em conjunto com o projetista, Dietmar Kiefer, da Encomel, e com a OPJ Engenharia, dirigida por José Corassari, responsável pela instalação. Foram criados totens para a difusão do ar. Em si, o recurso dos totens não é um produto inédito. A Trox já os forneceu para vários empreendimentos. A novidade está na duplicidade de função. Para as áreas periféricas, mais próximas dos totens, é utilizada a tecnologia de displacement flow, ou fluxo por deslocamento, com o ar sendo insuflado a cerca de 2 metros de altura. Para as áreas centrais do templo, os totens trabalham com difusores de longo alcance, insuflando ar a 3,5 metros de altura.

A distribuição do ar é feita por dutos subterrâneos e alimentados por unidades de tratamento do ar, também elas enterradas em casas de máquinas periféricas. Por suposto, tratando-se de um ambiente que requer uma acústica límpida, são utilizados atenuadores de ruídos em toda a rede de distribuição de ar.

Uma vez que a instalação trabalha com lotação variável e em horários diferenciados, optou-se por aproveitar toda a capacidade entálpica da região durante o ano inteiro e através do sensoriamento da IoT, que fornece condições de comparação, inclusive nas fachadas sombreadas nos períodos de uso. O ar de retorno é reaproveitado nas condições de verão com a segmentação mínima de renovação indicada pela norma para espaços públicos de tipo teatros.

Por outro lado, foram adotados sistemas monitorados por ciclo entálpico proporcional, utilizando as condições térmicas externas a partir de temperaturas estabelecidas de menor ou igual a 160C, e em modo pleno e com desligamento das unidades resfriadoras. O sistema é operado proporcionalmente a partir desta condição até o parâmetro máximo de conforto estabelecido em 230C e operando com sistema de bombeamento em ciclo único dedicado por unidade resfriadora, também proporcionalmente acionado, e sistema de operação com by-pass na vazão mínima do circuito. Os ventiladores eletrônicos das UTAs operam com vazão constante, porém com rotação proporcional à saturação dos filtros.

As unidades resfriadoras de líquidos (chillers) são do tipo modular inverter, com condensação a ar e foram fornecidas pela Trox.  Dispostas em paralelo, com carregamento proporcional conjunto, de acordo com a tecnologia IoT, com fluxo variável. Os módulos operam sempre no ponto de maior eficiência do compressor, mantendo o approach do condensador e privilegiando rotação parcial de todos os módulos, ao invés de menos módulos à plena carga.

O circuito hidrônico tem o conceito de circuito único variável. Todo o monitoramento é feito pelo Trox IoT 4.0, desde a sede na região metropolitana de Curitiba.

Ficha técnica:

Empreendimento: Catedral Metropolitana de Cascavel – Nossa Senhora Aparecida
Instalador: OPJ Engenharia
Projetista: Encomel
Gerenciador: Joaquim Pereira Alves Junior
Chillers: Trox do Brasil
UTAs: Trox do Brasil
Difusão: Trox do Brasil
Ventiladores: Ziehl Abegg

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