Nossa visão é que ainda é cedo para o Brasil trabalhar com o tema descarbonização, estamos engatinhando na questão de logística reversa, uma lei que existe no país há mais de anos.Acreditamos que o setor de AVACR ainda precisa amadurecer essa questão da descarbonização, que é muito nova no Brasil.

A questão dos fluidos refrigerantes pode contribuir caso o cliente faça a opção de ir para fluidos naturais ou fluidos refrigerantes da 4ª geração, os HFOs. Em ambos os casos a mudança do produto já gera eficiência energética nos equipamentos.Os fluidos naturais como CO2, HC e os fluidos refrigerantes HFOs são os que maior potencial possuem para contribuir com a descarbonização, levando em conta a eficiência energética e os impactos diretos no meio ambiente.

Nossa visão, no que tange a mudanças dos fluidos refrigerantes, os atuais HFCs , é a de que ainda é cedo; o Brasil ratificou Kigali há pouco tempo e o setor vai trabalhar com verbas a fundo perdido para mudanças de tecnologias, treinamento e informação.

Sabemos que ainda teremos por, pelo menos, 15 anos dos HFCs no mercado e não sabemos o que pode por vir daqui a 5 anos. Na Klea já estamos trabalhando também como desenvolvimento da 4ª geração de fluidos refrigerantes, que chamamos de LFRs (fluidos com baixo impacto ambiental e performance) porém, entendemos que ainda é cedo para esta tecnologia acontecer no Brasil, que ainda é um grande usuário de HFCs. A mudança não será rápida.

 

Paulo Neulaender é consultor técnico da Klea

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